Assembléia de formigas de serrapilheira em três fragmentos florestais de salvador, Bahia

Autores

  • Marcos Vinicius Alvim Guimarães Universidade Católica do Salvador
  • Kátia Regina Benati Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento (PPGEB) da UFBA
  • Marcelo César Lima Peres Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, Mestrado Profissional em Planejamento Ambiental, Universidade Católica do Salvador
  • Jacques Hubert Charles Delabie Laboratório de Mirmecologia, Convênio UESC/CEPLAC, Centro de Pesquisas do Cacau

Resumo

Fragmentos florestais urbanos representam abrigo para diversos animais, alterações nesses fragmentos podem interferir mais especificamente na mirmecofauna, já que os formicídeos são insetos bastante sensíveis às alterações antrópicas e constituem um grupo bem estudado que ocorre em todos os ambientes terrestres, inclusive em sistemas urbanos, onde se distribuem desde copas de árvores até abaixo do solo. Objetivou-se realizar o primeiro estudo sobre a comunidade de formigas que vivem em fragmentos florestais do município de Salvador. O estudo foi realizado em três fragmentos de Mata Atlântica: Jardim Botânico de Salvador (18 ha), Parque Joventino Silva (72 ha) e área de mata da 4ª Companhia de Guarda (60 ha). Em cada fragmento foram coletadas 15 amostras de 1m² de serrapilheira, utilizando o extrator Winkler para extração dos organismos. Foram identificados 29 gêneros de formigas, dois quais se destacam em frequência de ocorrência: Solenopsis (82%), Pheidole (73%) e Strumigenys (77%). Os dois primeiros são comuns, de vasta distribuição geográfica e maior abundância local enquanto o último inclui espécies predadoras especializadas que vivem associadas à serrapilheira. Assim, os fragmentos florestais de Salvador permitem a manutenção de numerosas espécies de Formicidae, por abrigar tanto formigas comuns em residências quanto aquelas que não conseguem se restabelecer em outros habitats da malha urbana, o que demonstra a importância dessas áreas para conservação da biodiversidade.

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Publicado

2013-11-23

Edição

Seção

Ciências da Natureza