DISTRIBUIÇÃO E PADRÃO ESPACIAL DA PALMEIRA Syagrus pseudococos (Raddi) Glassman (Arecaceae), EM UM TRECHO DE ENCOSTA NA SERRA DO MAR, UBATUBA-SP, BRASIL

Autores

  • Israel Alves
  • Simey Thury Vieira Fisch
  • Camila Bassil Gradim Mendonça
  • Evoni Antunes Monteiro

Resumo

Apesar de a família Arecaeae ser importante componente da flora da Mata Atlântica, são poucos os estudos que quantificam e caracterizam populações naturais de palmeiras desse bioma. Visando analisar a distribuição e o padrão espacial, foi feito um estudo com a população da palmeira Syagrus pseudococos em seis altitudes em um trecho de encosta da Serra do Mar, Ubatuba-SP. Em cada altitude realizou-se o inventário e a biometria de todas as palmeiras em 25 parcelas circulares de 100m2, totalizando uma área de 15000 m2 ao longo de todo o gradiente altitudinal. A população foi dividida em seis classes de alturas que corresponderam aos estádios de desenvolvimentos plântulas, infantes, jovens e adultos. Observou-se predominância de indivíduos nos estádios plântulas e infantes (palmeiras acaule com folhas inteiras), representando >80% do total amostrado na encosta, exceto na restinga. A espécie foi mais abundante no meio da encosta (400 e 600 m de altitude), diminuindo abruptamente sua densidade aos 850 m de altitude. O padrão espacial para toda a população foi agregado em todas as altitudes investigadas. Os resultados obtidos indicam que a espécie investe em número de indivíduos das classes iniciais de desenvolvimento para garantir a sobrevivência e que a altitude influencia sua ocorrência. Palavras-chave: padrão espacial, gradiente, Syagrus pseudococos, ecologia de palmeira, Mata Atlântica.

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Seção

Ciências da Natureza