Atividade antioxidante e perfil químico de sementes de linhaça (Linum urtissimum L.) variedades marrom e dourada

Autores

  • Liliane Alves dos Santos Wanderley UFRGS
  • Andréia Bianchin UNOCHAPECO
  • Debora Carneiro Leite UNOCHAPECÓ
  • Walter Antônio Romam Junior UNOCHAPECO

Palavras-chave:

óleo, extração à quente, ômega-3 e 6, antioxidante.

Resumo

Atualmente cresce entre os consumidores o interesse em relação aos alimentos funcionais, os quais desempenham papel fundamental para a prevenção de doenças e manutenção da saúde. A linhaça (Linum urtissimum L.) planta asiática e aclimatada no Brasil é rica em ácidos graxos ômega-3 e 6 e é reconhecida por apresentar atividades biológicas hipo lipidêmica e antibacteriana. O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil de qualidade e a atividade antioxidante de duas variedades de linhaça. O trabalho foi desenvolvido a partir de ensaios de caracterização química e de atividade antioxidante de sementes de linhaça variedades marrom e dourada. Os métodos de caracterização química de cinzas totais (CT) e perda por dessecação (PD) nas sementes foram realizados conforme a Farmacopéia Brasileira 5ª edição. As análises de cromatografia em camada delgada (CCD) dos óleos foram realizadas com eluente acetato de etila: hexano (94:6 v/v) utilizando como revelador a vanilina em ácido sulfúrico, seguida de exposição a temperatura de 105 °C (5 min) com posterior observação em UV/Vis (360 nm). A quantificação dos óleos foi realizada por Soxhlet e as atividades antioxidantes avaliadas por meio de CCD e espectrometria em UV/Vis (470 nm). Os reduzidos resultados de PD e CT para as variedades testadas demonstraram reduzida possibilidade de contaminação e degradação química. Por meio da CCD foi possível observar para as variedades, a presença de ômega-3 e 6, tanto para as amostras in natura quanto para as trituradas. As variedades marrom e dourada trituradas apresentaram os maiores percentuais no rendimento do óleo (38,91 e 31,71%, respectivamente) quando comparadas com as amostras in natura (1,27 e 1,24%, respectivamente). A triagem da atividade antioxidante foi detectada em CCD e por meio de espectrometria de UV/Vis, e o efeito antioxidante mais representativo foi observado para a variedade dourada tanto triturada como in natura (100 e 82,02%, respectivamente) sendo que a variedade marrom in natura apresentou a menor atividade (65,64%). O perfil cromatográfico inexistente em outras literaturas para ômega-3 e 6 pode ser utilizado por indústrias alimentícias e de medicamentos como parâmetro de qualidade. Apesar da variedade dourada render uma quantidade menor de óleo, sua atividade antioxidante é muito maior que a variedade marrom tanto in natura quanto triturada.

Biografia do Autor

Liliane Alves dos Santos Wanderley, UFRGS

Mestre em Microbiologia Agrícola e do Ambiente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

Laboratório de Análise de Alimentos - UNOCHAPECÓ.

Andréia Bianchin, UNOCHAPECO

Nutricionista, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ.

Debora Carneiro Leite, UNOCHAPECÓ

Mestre em Ciências Ambientais, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ.

Laboratório de Análise de Alimentos -  UNOCHAPECÓ.

Walter Antônio Romam Junior, UNOCHAPECO

Doutor em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Paraná - UFPR.

Laboratório de Farmacognosia – UNOCHAPECÓ

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Publicado

2015-11-09

Edição

Seção

Ciências da Natureza