Dióxido de carbono liberado do solo em áreas de caatinga sob pastejo caprino

Resumo

O CO2 liberado na superfície do solo é produzido naturalmente por meio da atividade e respiração dos microrganismos, durante a decomposição aeróbica da matéria orgânica e respiração do sistema radicular das plantas. Objetivou-se avaliar a atividade microbiana através do fluxo do CO2 em três áreas contíguas de Caatinga, submetida ao pastejo caprino nas condições do Semiárido paraibano. A pesquisa foi conduzida na Fazenda Experimental/CCA/UFPB, em São João do Cariri-Paraíba, durante o período de Fevereiro de 2011 a Dezembro de 2012, em três áreas contíguas de Caatinga, correspondente aos tratamentos T1 (10 animais - 1 animal/3.200 m2), T2 (5 animais - 1 animal/6.400 m2) e T3 (Controle – sem animais). A área do experimento corresponde a 9,6 ha e foi dividida em três áreas de 3,2 ha. Em cada tratamento foram realizadas determinações bimestrais de dióxido de carbono (CO2) nos períodos diurno (5 às 17 h) e noturno (17 h às 05:00 h), conteúdo de água do solo, temperatura do solo e precipitação pluvial. Foram realizadas duas coletas de carbono e matéria orgânica. As emissões de CO2 apresentam variação temporal com maiores picos de liberação no período chuvoso, mesmo na estação de estiagem, proporcionam um aumento nas emissões de CO2; O fluxo de CO2 não variou entre as três áreas contíguas de Caatinga, de modo que a presença dos animais (caprinos) na área não foi suficiente para proporcionar grandes alterações na emissão do CO2; A maior atividade microbiana foi verificada no período noturno, favorecida, pela menor temperatura do solo.