Percepção ambiental dos moradores do entorno da Mata do Bugio sobre bugios-ruivos Alouatta guariba clamitans Cabrera 1940, em Taubaté, SP

Autores

  • Anne Sophie de Almeida e Silva Universidade Estadual Paulista
  • Julio Cesar Voltolini Universidade de Taubaté

Palavras-chave:

Educação ambiental, Etnoprimatologia, Questionários

Resumo

O objetivo deste estudo foi compreender a percepção ambiental dos moradores residentes nos arredores de um fragmento de Mata Atlântica, sobre a população de bugios-ruivos Alouatta guariba clamitans. Foram aplicados questionários semiestruturados, com 15 perguntas abertas e fechadas, com os moradores do entorno da Mata do Bugio, no bairro do Barreiro, Taubaté, SP. As questões enfatizaram a frequência dos avistamentos e aspectos relacionados a ecologia da espécie. Como resultado, 100% (n=45) dos entrevistados disseram gostar da presença de primatas no fragmento e apenas 4,44% (n=2) confundiram o bugio com o sagui (gênero Callithrix), que também pode ser encontrado na área de estudo. Quanto à frequência das observações, a maioria respondeu vê-los semanalmente e em média de 11 a 20 indivíduos por contato. Sobre a observação de casos de acidentes com bugios-ruivos, 48,89% (n=22) citaram choque em fios de eletricidade e 26,67% (n=12) ataque de cães domésticos. Quando questionados sobre a alimentação desses primatas, 80% (n=36) mencionaram frutos e citaram a embaúba e o ipê como fontes alimentares. Quanto à quantidade de bugios, 68,9% (n=31) responderam que está diminuindo. Em 100% (n=45) dos questionários foi respondido que o bugio não oferece perigo às pessoas e que não pode transmitir doenças. A utilização de questionários mostrou-se eficiente na obtenção da percepção ambiental dos moradores e recomendamos sua aplicação em estudos de primatologia.

Biografia do Autor

Anne Sophie de Almeida e Silva, Universidade Estadual Paulista

Laboratório de Primatologia, Departamento de Zoologia, Rio Claro, SP, Brasil

Julio Cesar Voltolini, Universidade de Taubaté

Departamento de Biologia, ECOTROP (Grupo de Pesquisa e Ensino em Biologia da Conservação), Taubaté, SP, Brasil

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Publicado

2017-12-04

Edição

Seção

Ciências da Natureza