Qualidade microbiológica de plantas medicinais comercializadas no município de Taubaté, São Paulo

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Resumo

Com a alta demanda pelo consumo de plantas medicinais existe uma preocupação com a transmissão de microrganismos patogênicos devido a condições higiênicas de transporte, armazenamento e comercialização destas. O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade microbiológica de plantas medicinais comercializadas no município de Taubaté-SP. Foram selecionadas e adquiridas três amostras dessecadas de cada planta, sendo duas do Mercado Municipal de Taubaté e uma de supermercado, das espécies: camomila (Matricaria recutita L.), melissa (Melissa officinalis L.) e espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek). Posteriormente o material foi encaminhado ao laboratório de microbiologia da UNITAU.  Para a detecção de coliformes foi utilizado o método do número mais provável (NMP/g) em duplicata para a análise de coliformes totais e termotolerantes. Para a seleção de microrganismos específicos foi utilizado o ágar SS, o ágar MacConkey e o ágar Manitol. Todas as amostras analisadas apresentaram coliformes totais e em 6 (66,66%) foram detectados coliformes termotolerantes. Todas as amostras apresentaram crescimento no meio seletivo Manitol com colônias típicas de Staphylococcus spp. As amostras, no ágar MacConkey, apresentaram crescimento de colônias sugestivas de Escherichia coli, e colônias incolores, sugestivas de Salmonella spp. e Shigella spp. No ágar SS a maioria apresentou colônias sugestivas de E. coli e algumas apresentaram colônias sugestivas de Shigella spp. Conclui-se que a maioria das amostras apresenta alta contaminação por microrganismos potencialmente patogênicos, configurando risco para a saúde.

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Publicado

2024-03-21

Edição

Seção

Imunologia, Microbiologia e Parasitologia