Associação de VACTER em adolescentes - relato de caso

Autores

  • Sérgio Spezzia Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
  • Kátia Maria Scigliano Miquel Lamelo Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
  • Maria Rosângela Jahn Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
  • Rosa Maria Eid Weiler Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
  • Maria Sylvia de Souza Vitalle Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Resumo

Associação de VACTER é um espectro de malformações raras, que apresenta pelo menos três das seguintes associações: defeitos vertebrais (V), atresia anal (A), anomalias cardíacas (C), fístula traqueoesofágica (TE) e alterações renais (R). A etiologia dessa anomalia é de ação teratogênica entre a 4ª e a 8ª semana de vida intrauterina. Cerca de 50 a 85% dos indivíduos com associação tem óbito no primeiro ano de vida. Sabe-se que esses pacientes requerem tratamento multidisciplinar precoce para sobreviverem e apresentarem melhor sobrevida. A avaliação multiprofissional nesses casos é importante para que seja feito diagnóstico correto e indicação para tratamento precoce. Paciente do gênero feminino de 16 anos, dentre as anomalias tinha malformação cardíaca, fístula traqueoesofágica, hidrocefalia, alterações vertebrais com escoliose severa e déficit cognitivo. Ela veio encaminhada pelo ambulatório médico para tratamento no ambulatório odontológico, ambos unidades de atendimento do Setor de Medicina do Adolescente da Escola Paulista de Medicina, devido à presença de fenda palatina. Ao exame clínico foi detectado, além da fenda palatina posterior, gengivite, múltiplas cáries com comprometimento pulpar em alguns dentes, palato estreito e apinhamento dentário. Foi feita orientação preventiva e tratamento da gengivite. Paciente foi encaminhada para o Centro de Atendimento a Pacientes Especiais da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo para tratamento das cáries e ortodontia. A fenda será fechada cirurgicamente pela cirurgia plástica junto com a correção do ouvido. Concluiu-se que o atendimento precoce multiprofissional, em especial nesses casos, é muito importante para melhorar a qualidade de vida de pacientes com tantas intercorrências.  

Biografia do Autor

Sérgio Spezzia, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Cirurgião Dentista.Especialista em Adolescência para Equipe Multidisciplinar e Mestrando em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Membro do Corpo Editorial da Revista Uningá Review. 

Kátia Maria Scigliano Miquel Lamelo, Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Cirurgiã Dentista. Especialista em Odontopediatria. Especializanda em Adolescência para Equipe Multidisciplinar pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Maria Rosângela Jahn, Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Cirurgiã Dentista. Especialista em Periodontia e Odontopediatria. Especializanda em Adolescência para Equipe Multidisciplinar pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Rosa Maria Eid Weiler, Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Cirurgiã Dentista. Mestre e Doutora em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. Coordenadora da Área de Odontologia do Setor de Medicina do Adolescente do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo.

Maria Sylvia de Souza Vitalle, Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Médica. Profa. Adjunta do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

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Publicado

2016-08-30

Edição

Seção

Relatos de Caso