O TRATAMENTO CONCEDIDO AO ENSINO DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Autores

  • Fernanda Pizarro de MAGALHÃES IFSul/RS

Palavras-chave:

Linguagem, Ensino de Línguas, Gêneros Discursivos

Resumo

Na tentativa de contribuir para a concretização de uma perspectiva enunciativa no ensino de Língua Materna da Educação Profissional de modo a  propiciar aos  futuros  profissionais condições de compreender a linguagem como atividade social e de desenvolver competências que lhes permitam acompanhar as transformações do mundo do trabalho, o presente estudo teve como objetivo  investigar o real tratamento que a escola vem dispensando ao  estudo  de gênero  nessa modalidade de ensino, averiguando, em especial, se  ela vem acompanhando as transformações da esfera empresarial, área de atuação do aluno egresso de Instituição Profissionalizante. O estudo tem respaldo nos  postulados  bakhtinianos e defende ser um ensino discursivo  aquele que parte da  análise dos aspectos socio-históricos da situação, privilegiando a vontade enunciativa do locutor para, a partir daí, buscar marcas linguísticas que refletem, no texto, essas marcas da situação.  Como forma de atingir o objetivo do estudo,  foram analisados planos e programas de ensino, entrevistados professores e observadas aulas de Língua Materna nos cursos de Química, Edificações e Eletrônica do IFSul.  Verificou-se que  a concepção de língua  subjacente ao ensino de Língua Materna na Instituição profissionalizante é de base instrumental e que   gênero é concebido como espécie ou família de textos com características estáveis.  O estudo defende a tese de que a escola só adotará uma perspectiva enunciativo-discursiva quando compreender que o gênero precisa ser visto sob a ótica da esfera da atividade, espaço de refração da realidade, e o  presente estudo, como um todo, representa um passo   nessa direção.

Biografia do Autor

Fernanda Pizarro de MAGALHÃES, IFSul/RS

Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira da Educação Profissional. Mestre em estudos da linguagem pela UFRGS e doutora em Linguística Aplica pela UCPel.

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Publicado

2013-08-26

Edição

Seção

Artigos