O GÊNERO DISCURSIVO MEME E O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA:

Nas trilhas da leitura e da escrita nas redes sociais

Autores

Resumo

Tecemos, neste trabalho, uma reflexão sobre o uso dos memes como gêneros discursivos no ensino de língua materna no âmbito do Ensino Médio. O texto foi construído sob uma abordagem qualitativa de pesquisa, e, quanto aos procedimentos técnicos, seguimos os princípios da pesquisa bibliográfica e exploratória, a partir das leituras de Araújo (2013), Bakhtin (2009, 2011), Boa Sorte e Santos (2020), Calixto (2018, 2019), Chagas (2020), Dionisio (2011), Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), Furtado (2019), Koch e Elias (2010), Ribeiro (2016, 2021), Rojo e Barbosa (2015), entre outros. Esse diálogo teórico tematiza a elucidação entre gêneros do discurso, gêneros multimodais, memes, Sequências Didáticas (SD) e ensino de língua materna. A contribuição principal foi, seguindo o modelo de Lopes-Rossi (2005, 2012, 2015), trazer uma SD, a fim de oferecer alternativas didático-pedagógicas para a utilização do gênero meme no desenvolvimento de práticas de leitura e escrita de alunos do Ensino Médio. Concluímos que o gênero discursivo meme apresenta características de um texto multimodal, capaz de contribuir com a formação crítica e reflexiva dos alunos, ampliando suas possibilidades de reflexão sobre aspectos históricos, culturais, ideológicos e sociológicos tematizados nos memes presentes nas redes sociais, fruto do mundo virtual. Desse modo, constatamos ainda, que o trabalho com SD, permite ao professor de língua materna a inserção de temáticas sociais, políticas, econômicas, culturais e educacionais no ensino da língua.

Biografia do Autor

Francisco Renato Lima, Universidade Federal do Piauí

Graduado em Pedagogia (FSA). Especialista em Neuropsicopedagogia Clínica e Educação Especial (IESM). Especialista em Docência para o Ensino Superior (IESM). Mestre em Letras - Estudos da Linguagem (UFPI). Com experiência profissional na rede privada e pública de ensino básico e superior. É membro (sócio efetivo) da ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística). Suas pesquisas recentes concentram-se em Educação e Linguagem, com ênfase em temas como: Alfabetização; Letramento: estudos em perspectiva de análise teórica e em práticas sociais localizadas; Linguística Textual; Leitura e Escrita; Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa; Avaliação Educacional; Dificuldades de Aprendizagem; Formação Docente; Tecnologias educacionais; Multiletramentos e questões relativas à EaD. 

Sebastião Silva Soares, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (2014). Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Ciências de Wasceslau Braz (2013), Letras - Português pela Universidade Estadual de Montes Claros (2009), Pós-graduação em Planejamento, Implementação e Gestão da EAD pela Universidade Federal Fluminense (2017), Pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Faculdade Cândido Mendes (2013), Pós-graduação em Orientação, Supervisão e Inspeção Escolar pelas Faculdades Santo Agostinho (2012). Integra a Red de pesquisadores de Inducción a la Docência coordenada pelo Prof. Dr. Carlos Marcelo García, da Universidad de Sevilla, Espanha. Realizou Doutorado Sanduíche na Universidad de Sevilla (2017), com o orientador Prof. Dr. Paulino Murillo Estepa, com bolsa pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil. É membro da Associação Brasileira de Linguística, membro da Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica. Possui experiência profissional no campo das linguagens e pedagogia. Atualmente é professor Adjunto na Universidade Federal do Tocantins (UFT) no Curso de Licenciatura em Educação do Campo, Campus - Arraias, com atuação nos seguintes temas: letramento, gêneros acadêmicos, formação docente, educação do campo e pesquisa narrativa. É também professor do Programa de Pós Graduação em Educação (PPEGEd/UESB) na linha Formação, Linguagem, Memória e Processos de Subjetivação.

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Publicado

2023-07-24

Edição

v. 29 n. 2 (2023)

Seção

Artigos