ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O FEEDBACK CORRETIVO ORAL E A TEORIA SOCIOCULTURAL NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Palavras-chave:
Erro Oral. Feedback Corretivo. Ensino-Aprendizagem de Língua Estrangeira. Teoria Sociocultural.Resumo
A finalidade desse artigo é discutir o feedback corretivo (CHAUDRON, 1977) oral na aula de língua estrangeira (LE) a partir de uma perspectiva sociocultural (VYGOTSKY, 1978; 1986), e contribuir para a discussão de como o processo corretivo pode influenciar o ensino-aprendizagem de uma LE, o desenvolvimento dos aprendizes, a interação em sala de aula e a prática de ensino do professor. Para tanto, são focalizados conceitos sobre o erro e o feedback corretivo, os benefícios e os tipos de correção oral (LYSTER; RANTA, 1997; RANTA; LYSTER, 2007), para, então, sugerir formas de abordagens aos erros articuladas com a formação e a prática dos professores na sala de aula de LE, com base em desdobramentos da teoria sociocultural. Considerando o aspecto social da linguagem (LANTOLF, 2000; 2007) como mediadora do processo de ensino-aprendizagem, e a interação social como propulsora do desenvolvimento humano, acredita-se que construtos como o da zona de desenvolvimento proximal vygotskiana (ZDP (VYGOTSKY, 1978)) e o dynamic assessment (LANTOLF; POEHNER, 2004)) permitem o diagnóstico das habilidades dos aprendizes e até onde eles podem chegar com a forma de mediação apropriada. Considera-se, por fim, o feedback corretivo como um fator que pode estimular a aprendizagem e o desenvolvimento dos aprendizes, por ser uma atividade social que envolve a participação conjunta do professor com o aluno ou dos alunos entre si (ALJAAFREH; LANTOLF, 1994), e as trocas significativas de conhecimento entre os envolvidos na interação (NASSAJI; SWAIN, 2000).