TODO MUNDO ODEIA O CHRIS: ANALISANDO O ETHOS DISCURSIVO DOS PROFESSORES MORELLO E O SUBSTITUTO

Autores

Palavras-chave:

Educação, Preconceito, Ethos, Discurso

Resumo

Neste artigo propomos refletir, pelo campo teórico, como uma sitcom Todo mundo odeia o Chris, especificamente o episódio O substituto, evidencia práticas sociais que denotam preconceitos: racial e profissional. Tais discursos encontram na sociedade do espetáculo (DEBORD [1967] 2003) ecos ao fato de que, ao interagirmos pelas imagens, deixamos de refletir como elas influenciam o comportamento, constroem crenças e ideologias que mantêm o racismo e a desvalorização de determinadas profissões, como a do educador. Aportamo-nos na noção “encarnada” do ethos (MAINGUENEAU, 2008, p. 65) construída não apenas pela dimensão verbal, como também pela corporal e psíquica, ligadas às representações coletivas estereotipadas, enunciadas pelos professores. Esse ethos manifestado pelos professores comprovam as relações de poder que se configuram entre opressor-oprimido, que coloca cada indivíduo no seu lugar; e em cada lugar, um indivíduo (FOUCAULT, 2002, p. 123), moldando o corpo e evitando a formação de grupos desordenados e perigosos. Para esta discussão, evidenciamos a necessidade de apresentar que o seriado auxilia para que se promova, no campo educacional, espaços de diálogos responsivos (BAKHTIN, [1953-54] 2016) que levem a autorreflexão, ao desconforto, ao atravessar fronteiras e adotar uma postura crítica-reflexiva sobre quem somos e como nossas escolhas impactam no mundo social que vivemos (FABRÍCIO, 2006).

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Biografia do Autor

Grassinete Carioca de ALBUQUERQUE, Universidade Federal do Acre - UFAC

Professora da Universidade Federal do Acre (UFAC), no Centro de Educação, Letras e Artes - CELA. Atua na área de Linguística Aplicada em Línguas Estrangeiras. Doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP.

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Publicado

2020-05-31

Edição

Seção

Artigos