LINGUAGENS DA “VIDA-QUE-SE-VIVE”:

INSUMOS PEDAGÓGICOS DECOLONIAIS

Autores

  • Francisco ESTEFOGO Universidade de Taubaté

DOI:

https://doi.org/10.69609/2176-8625.2024.v30.n5.a3945

Resumo

Este ensaio explora a intersecção entre as linguagens multiculturais da sociedade contemporânea e as práticas pedagógicas, com destaque para a necessidade de se fomentar abordagens educativas que valorizem a diversidade epistêmica. A partir da noção da "vida-que-se-vive" (Marx, Engels 2006, p.26), que enfatiza as experiências cotidianas como fontes legítimas e potenciais de conhecimentos, o texto critica a perpetuação de processos educacionais colonialistas, normalmente marginalizadores de saberes de grupos vulneráveis, tais como os negros, a comunidade LGBTQIAP+, os imigrantes, o trabalhadores informais, dentre outros estratos sociais estigmatizados. A globalização e a revolução digital permitiram a amplificação de vozes multidiversas, expediente contrastante com as estruturas escolares tradicionais que, muitas vezes, naturalizam epistemologias monolíticas e excludentes. A pedagogia decolonial, discutida por Walsh (2009, 2019), é apresentada como contrapontos basilares para desafiarem essas práticas homogeneizadoras e promover atividades educacionais como insumos integradores das vivências e culturas dos estudantes, de modo a refutar o epistemicídio (Santos, 2007, 2009) e, por conseguinte, viabilizar a constituição de sujeitos críticos e autônomos. Assentado na convergência das propostas de Marx e Engels (2006) e de Walsh (2009, 2019), este ensaio propõe que a incorporação das linguagens da "vida-que-se-vive" (Marx, Engels, 2006, p.26) nas práticas pedagógicas decoloniais possam favorecer a expansão epistêmica, a justiça social e a criação de sistemas educacionais mais inclusivos, multidiversos e democráticos. Ao longo do texto, são discutidas as implicações dessas perspectivas decoloniais para a formação de sujeitos comprometidos com a transformação social e a equidade

Biografia do Autor

Francisco ESTEFOGO, Universidade de Taubaté

Membro da Academia Taubateana de Letras (ATL) e pós-doutor em Linguística Aplicada (PUC-SP), Francisco Estefogo é docente da Universidade de Taubaté (UNITAU) e da FATEC-Taubaté. Também é colunista dos jornais O Vale, de São José dos Campos, bem como do Hoje+, de Araçatuba e região. No momento, é pós-doutorando em Filosofia da Linguagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

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Publicado

2024-12-28