O ATO DE “FINGIR” NA CRÔNICA MACHADIANA
Abstract
O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise crítica da crônica de 16
de outubro de 1892, publicada na seção “A Semana”, do periódico Gazeta deNotícias, na qual o cronista alude à inauguração dos bondes elétricos para, por meiodo diálogo entre dois burros – o ingênuo e o cético – erigir a crítica à ideologia do
progresso. Sob a luz da ironia e de seus efeitos dúplices, pretendemos observar o
efeito estético que emerge dessa construção textual, por meio do ato fictício que
transgride o real e o imaginário, segundo a concepção de Wolfgang Iser. Tal efeito se
dá graças à ironia como estratégia de ficcionalização, aliada ao modelo do diálogo e à
alusão a Gulliver, personagem de Swift.
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