ESCRITA E LEITURA NA UNIVERSIDADE E NO MOVIMENTO SOCIAL: REPRESENTAÇOES DE EDUCADORES DO CAMPO

Autores

  • Charlene BEZERRA Universidade Federal de Santa Catarina
  • Marcos Antonio Rocha BALTAR Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Formação do Professor

Resumo

Este trabalho objetiva discutir as representações do ato de ler e escrever para três educadores do campo, advindos do Curso de Letras/Português da Universidade Federal do Pará (UFPA), uma parceria entre INCRA/MST/PRONERA. Nosso escopo teórico é pautado nos estudos de alfabetização e letramento, notadamente à luz de Freire (1973;1981;2008; 2011), Street (1984;2003) e seguidores. E desta perspectiva percebemos que, de um lado, as leituras realizadas via Movimento Social, ora se aproximam, ora se distanciam das práticas de escrita e leitura realizadas na universidade, de outro, as entrevistas semiestruturadas com os três educadores revelaram discursos/representações que repercutem posicionamentos de leitores no contexto do movimento social, imbricados a posicionamentos que podem ser associados ao discurso institucionalizado. Além disso, problematizamos os significados que ler e escrever assumem no movimento social e na instituição universidade, esta última enquanto um espaço de formação autorizado a referenciar determinadas práticas, que proporcionam o uso situado da leitura e escrita para determinados fins. Verificamos assim que, mesmo recebendo orientações centradas em práticas de letramento acadêmico, estabeleceu-se relações com os contextos de leitura e escrita do movimento social, as quais contribuíram na (re)construção de suas identidades leitoras/educadoras.

Biografia do Autor

Charlene BEZERRA, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda(PPGL/UFSC)

Marcos Antonio Rocha BALTAR, Universidade Federal de Santa Catarina

Dr. prof do departamento de Letras e Literaturas/UFSC e da pós graduação em Linguística.

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Publicado

2016-07-26

Edição

Seção

Artigos