(META)GÊNEROS:

Retomando a discussão

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Resumo

Este trabalho discute o conceito de metagêneros a partir do quadro teórico que se desenha na perspectiva anglófona dos estudos de gêneros. Para Giltrow (2002), os metagêneros desempenham papel fundamental no aculturamento dos “outsiders” e se caracterizam como atmosferas ao redor dos gêneros, que compreendem explicitações, atividades práticas e expectativas implícitas. A autora considera que metagêneros são orientados não só para a forma de um gênero que ensina outro, mas, enquanto categoria de análise, podem incluir outras ações que ajudem os sujeitos a construir outras cenas de letramentos na aprendizagem de gênero. Consideramos a questão dos metagêneros oportuna para sugerir uma redefinição do conceito, baseando-nos no entendimento do metagênero enquanto gênero e não como atmosfera, tendo como um de seus principais propósitos ser “meta-” e orientar explicitamente a produção de outro gênero – Giltrow (2002) considera essa possibilidade. Propomos a noção de atividade metagenérica e sua reflexão, que inclui não só o metagênero como artefato simbólico, mas também a interação modelada, as experiências e as vivências. Utilizamos, para a discussão, os passos metodológicos da pesquisa bibliográfica, com ênfase no valor qualitativo e crítico-interpretativo. Contudo, sinalizamos para o fato de que os dados foram analisados tendo em vista o tom ensaístico, que julgamos o mais adequado para a natureza dessa discussão. As considerações feitas, portanto, visam mais provocar reflexões do que apresentar um entendimento finalizado e acabado.

Palavras-Chave: Atividades metagenéricas. Gêneros. Metagêneros.

Biografia do Autor

Antonio Artur Silva Cantuário, Universidade Federal do Piauí (UFPI) / Secretaria de Educação de Demerval Lobão) (Semed)

Graduado em Letras Português pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Mestre e atualmente doutorando em linguística pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Professor da rede de educação pública básica. Membro do núcleo de pesquisa CATAPHORA.

Carolina Aurea Cunha Rio Lima, Universidade Federal do Piauí

Graduada em Letras Português-Francês pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde também concluiu o mestrado e atualmente cursa o doutorado em linguística. É bolsista FAPEPI. Membro do núcleo de pesquisa CATAPHORA.

Francisco Alves Filho, Universidade Federal do Piauí

Doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor titular da graduação em Letras e da pós-graduação em Linguística na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Coordena o núcleo de pesquisa CATAPHORA.

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Publicado

2023-07-24

Edição

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Artigos