A ESCRITA NO ENSINO SUPERIOR PROFISSIONAL:

OS CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE E OS BILHETES DE REVISÃO PARA SUBSIDIAR A REESCRITA

Autores

  • Mariana Timponi RODRIGUES Universidade de Taubaté
  • Emari Andrade de JESUS Universidade de Taubaté

DOI:

https://doi.org/10.69609/2176-8625.2024.v30.n5.a3953

Resumo

Este trabalho busca contribuir com as práticas de escrita acadêmica no ensino superior (Street, 2009, 2014). Tem como objetivos: descrever e analisar quais problemas de textualidades são encontrados em textos escritos por alunos da graduação no ensino profissional; e refletir acerca de possíveis estratégias de ensino de escrita que levem em consideração as dificuldades encontradas por esses alunos. Trata-se de uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo, cujo corpus é formado por textos produzidos por alunos do Projeto Integrador 1 na educação profissional na modalidade a distância, de uma universidade pública paulista, e os respectivos bilhetes de revisão escritos pelo professor mediador. A análise foi desenvolvida a partir dos critérios de textualidade (Koch; Travaglia, 1989; Val, 1999), quais sejam: a intertextualidade, a situacionalidade, a aceitabilidade, a informatividade, a intencionalidade, a contextualização, a coerência e a coesão. Após identificar as dificuldades textuais mais comuns, apresentam-se as considerações sobre os bilhetes de revisão deixados para os alunos, analisando em que medida eles tiveram potencial para provocar nos alunos alguma motivação para a reescrita e aprendizado a respeito do processo de escrever. As conclusões apontam a coesão e a coerência como as maiores dificuldades dos estudantes; talvez por não entenderem a natureza do texto acadêmico. Portanto, para além do aprendizado dos critérios de textualidade, é necessário também pensar, nesse contexto de educação profissional à distância, em modos de intervenções que alterem a relação do estudante com o próprio ato de pesquisar e de escrever essa investigação.

Biografia do Autor

Mariana Timponi RODRIGUES, Universidade de Taubaté

É professora da Faculdade de Tecnologia de São Paulo, onde atua na graduação presencial e EaD; e da Faculdade de Ciências Médicas Humanitas, São José dos Campos. É formada em Letras Inglês pela Universidade Federal do Espírito Santo, e tem especialização em Ensino de Inglês pela mesma universidade. Atualmente é aluna do programa de mestrado em Linguística Aplicada na Unitau.

Emari Andrade de JESUS, Universidade de Taubaté

Professora da Universidade de Taubaté, vinculada ao Instituto Básico de Humanidades, onde atua na graduação e no Programa de Mestrado em Linguística Aplicada. Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo, tem mestrado e doutorado em Educação pela FEUSP. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Produção Escrita e Psicanálise – GEPPEP e do Grupo de Estudos Decoloniais (Unitau).

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Publicado

2024-12-28