O TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E DO FENÔMENO GRAMATICAL NAS AULAS DE LÍNGUA MATERNA

Autores

  • Darkyana Francisca Ibiapina Universidade Federal do Piauí/Instituto Federal do Piauí
  • Catarina Sirqueira Mendes da Costa Universidade Federal do Piauí

Resumo

Na perspectiva da Sociolinguística Educacional, compreendemos que as diferentes ações, concepções e práticas pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa, subjacentes aos seus conhecimentos sociolinguísticos podem contribuir para um melhor desempenho linguístico dos alunos ou fazê-lo suprimir. Assim, o objetivo deste estudo consiste em analisar, nas práticas pedagógicas de professores do Ensino Médio, o tratamento dado à variação linguística e aos aspectos gramaticais em aulas de Língua Portuguesa de uma escola pública do estado do Piauí. Para tanto, fundamentamo-nos em estudos de autores como: Bortoni-Ricardo (2005, 2017); Bortoni-Ricardo e Rocha (2020); Costa (2000); Faraco (2008); Vieira (2017) e outros. Este trabalho é parte de nossa pesquisa de doutorado, cuja metodologia é de natureza qualitativa, de abordagem etnográfica, fundamentado na Sociolinguística. Dentre outros resultados, percebemos que embora as professoras afirmem que reconhecem a variação como fenômeno inerente à língua, observamos que sua abordagem nas aulas ainda é muito limitada, tratando-se mais especificamente da variação regional e das diferenças entre oralidade e escrita, como fazem os livros didáticos. Não há, por exemplo, uma relação com os temas gramaticais variáveis, o que favorece um ensino centrado na transmissão de regras, de nomenclatura e de conceitos da gramática normativa descontextualizados.

Palavras-Chave: Variação linguística. Gramática. Língua portuguesa; Ensino médio.

 

Biografia do Autor

Darkyana Francisca Ibiapina, Universidade Federal do Piauí/Instituto Federal do Piauí

Doutora em Letras, área de concentração em Linguística pela Universidade Federal do Piauí; Mestre em Letras pela Universidade Federal do Piauí (2011); Especialista em Docência do Ensino Superior pela UESPI (2003); Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Piauí (2001); Licenciada em Letras Português pela Universidade Estadual do Piauí (2002). É membro do Grupo Linguagem, Educação e Sociedade (LES), da UFPI. Atualmente é professora de Língua Portuguesa e Literatura da Secretaria Estadual de Educação do Piauí, da Faculdade de Ciências Aplicadas Piauiense (FACAPI) e Técnica em Assuntos Educacionais do Instituto Federal do Piauí (IFPI).

Catarina Sirqueira Mendes da Costa, Universidade Federal do Piauí

Possui Licenciatura em Letras/Português pela Universidade Federal do Piauí (1975), Mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (1979), Doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1989) e Pós-Doutorado em Linguística (2012). Atualmente é professor Associado, nível IV, da Universidade Federal do Piauí, lotada na Coordenação de Letras Vernáculas e no Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGEL /UFPI. É sócio efetivo do Grupo de Estudos Linguísticos do Nordeste ( GELNE); é sócio efetivo da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN); é socio efetivo da ANPOLL no GT de Sociolinguística. Tem experiência em Linguística, com ênfase em Sociolinguística, atuando principalmente nas seguintes áreas: Variação Linguística, Oralidade e Letramentos.

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Publicado

2023-07-24

Edição

Seção

Artigos