ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PARADOXO DO OBSERVADOR E OS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

Autores/as

  • Carlos Alberto de OLIVEIRA UNITAU

Resumen

Pelo princípio da incerteza de Heisenberg, no caso de se efetuar medidas simultâneas de uma classe de pares de observáveis pode-se dizer que quanto mais precisamente se medir uma grandeza, forçosamente mais será imprecisa a medida dagrandeza correspondente. Estabelece-se, então, o paradoxo do observador, ou seja, aquele  que para observar e medir um fenômeno necessariamente deve-se inserir nele, e, ao fazê-lo,inevitavelmente interfere no mesmo fenômeno, alterando e diminuindo a precisão e a confiabilidade dos resultados. Projetando-se esse paradoxo para do domínio do processo deensino-aprendizagem, percebe-se um cenário que o ensino simplesmente presencial ainda não pôde resolver: o do professor que ensina, elabora testes e avalia o mesmo processo em que se insere. Acrescente-se nesse contexto, para o professor de língua materna, o problema da metalinguagem, ou seja, ensinar na mesma língua em que fala. Apresenta-se, então, uma discussão sobre alternativa de solução que pode minimizar esse paradoxo: os ambientes virtuais de aprendizagem, salientando-se a necessidade de não serem tratados apenas como fossem meros ‘recursos’ e/ou ‘ferramentas’, mas sim como uma (nova) linguagem. Essesambientes virtuais de aprendizagem, inseridos no processo, como modalidade semipresencial e/ou exclusivamente virtual, portam-se como um observador mais imparcial, com medidasmais objetivas, cientificamente falando. Nesse fazer, deixam para a relação educadoreducando, na acepção paulofreireana desta relação, o tempo, a motivação e a subjetividadenecessárias para um desempenho mais eficaz entre pessoas que atuam em conjunto como agentes da construção do conhecimento

Biografía del autor/a

Carlos Alberto de OLIVEIRA, UNITAU

Possui graduação em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1976), mestradoem Lingüística pela Universidade de Brasília (1983) e doutorado em Computação Aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1990). Atualmente é professor asssistente doutor  do Departamento de Ciências Sociais e Letras, e membro do Corpo Docente do Programa de Pósgraduação em Lingüística Aplicada da Universidade de Taubaté.

Publicado

2012-04-22

Número

Sección

Artigos