SEXISMO E ETNICIDADE EM MÚSICAS:
Uma proposta de oficinas de leitura crítica
Resumen
Com este artigo, objetivamos apresentar uma proposta de leitura crítica que proporcione aos estudantes desenvolverem posicionamentos discursivos que colaborem para desconstruir comportamentos racistas, misóginos e sexistas. A proposta envolve oficinas pedagógicas seguidas de leituras e discussões de músicas à luz do que normatiza a Lei 10.639/03, modificada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Para tanto, o aporte teórico sobre o tema apoia-se em Benevides (2022), Carneiro (2011), Davis (2016), Guajajara (2021), Gomes (2017), Ribeiro (2020) e Sacchi (2014). Para a proposta didática, adotamos uma concepção de linguagem como uma prática social constitutiva das interações humanas, integrada ao contexto da agenda política e cultural da Linguística Aplicada, o que nos levou a escolher desenvolver uma metodologia qualitativa interpretativista (MOITA LOPES, 2019). Utilizamos a Análise de Discurso de orientação francesa (AD), incorporando as noções de discurso, compreendido como efeitos de sentido produzidos por sujeitos históricos por meio da materialidade da linguagem, e também de formação discursiva, que se refere ao que pode e deve ser dito em determinada formação ideológica. Projetamos como resultado alçar uma formação discursiva que contribua para o desenvolvimento de atitudes antirracistas, antimisóginas e antissexistas na/para a sociedade.
Palavras-Chaves: Sexismo 1; Etnicidade 2; Leitura 3; Música 4.