Germinação de sementes nativas dos campos sulinos após armazenamento e choque de temperatura

Autores

  • Nidia Mara Marchiori Unicamp
  • Alessandra Fidelis UNESP
  • Alessandra Kozovits UFOP
  • Queila Garcia UFMG

Palavras-chave:

Asteraceae, Fabaceae, germinação, fogo.

Resumo

Estudos que avaliam efeitos de armazenamento e de choques térmicos permitem um maior conhecimento da fisiologia da espécie e possíveis inferências sobre a regeneração natural, manejo ou recuperação de áreas degradadas. Nesse estudo analisou-se a influência das altas temperaturas e do armazenamento na germinação de espécies nativas dos Campos Sulinos (Eupatorium tanacetifolium, Vernonia flexuosa, Schlechtendalia luzulifolia e Desmanthus tatuhyensis). Sementes armazenadas por 36 meses foram submetidas a cinco tratamentos (choques térmicos de 60oC, 80oC e 100oC por 1 minuto e controles sob luz e escuro) e mantidas por 60 dias em câmaras de germinação (12/12h, 20/30°C), tendo sido realizado o teste de tetrazólio naquelas não germinadas. Sementes de todas as espécies apresentaram baixa germinabilidade, não havendo diferença significativa entre os tratamentos e controles e choques de temperatura. O fato dos choques térmicos não interferirem na germinação indica que estas espécies são adaptadas ao fogo. O armazenamento reduziu o porcentual de germinação de E. tanacetifolium e de S. luzulifolia, espécie que se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção. As outras espécies não foram afetadas pelo tempo de estocagem, indicando que podem ser armazenadas nas condições do experimento. As espécies apresentaram diferentes tempos médios necessários para a germinação e índice de velocidade de germinação, com pouca influência dos tratamentos nesses parâmetros. 

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Publicado

2015-07-31

Edição

Seção

Ciências da Natureza