Polimixinas: Essenciais na era de bactérias multirresistentes
Autores
Leandro Parussolo
Faculdade Integrado de Campo Mourão
Lourdes Botelho Garcia
Universidade Estadual de Maringá
Maria Cristina Bronharo Tognim
Universidade Estadual de Maringá
Resumo
As polimixinas, polipeptídios catiônicos isolados a partir da cultura de Bacillus polymyxa, foram descobertas em 1947. Os principais polipeptídeos deste grupo são B e E. Seu uso clínico foi interrompido na década de 70, devido à toxicidade apresentada quando administrada em altas doses, mesmo sendo eficaz contra microrganismos gram negativos. O interesse na reavaliação das polimixinas tem aumentado com o aparecimento de bactérias gram negativas multirresistentes, bem como pela falta de novos compostos químicos efetivos no combate destes microrganismos. Estudos recentes sugeriram que o uso das polimixinas é relativamente seguro em dosagens recomendadas. Um dos grandes problemas encontrados é relativo a utilização dos métodos adequados para testar a sensibilidade das bactérias a estes compostos. Apesar de atualmente o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) ter estabelecido recomendações para os testes, estudos mostram que há uma discordância entre os métodos a serem utilizados para a detecção da resistência às polimixinas. Portanto, a presente revisão apresenta os fatos relevantes em relação a utilização de métodos adequados para detecção da susceptibilidade, bem como a associação destes com o uso terapêutico das polimixinas.
Biografia do Autor
Leandro Parussolo, Faculdade Integrado de Campo Mourão
Antimicrobianos e bactérias multirresistentes . Área: Microbiologia