Aplicação de resíduo do processamento industrial de alga marinha ao solo
Resumo
O processamento da alga Kappaphycus alvarezii para produção de carragenana gera um resíduo líquido que, por possuir alta concentração de potássio e menor de sódio e fósforo, poderá ser utilizado como fonte de nutrientes para as plantas. Com o objetivo de avaliar o uso agrícola desse resíduo na capacidade de agregação e na variação de alguns atributos químicos de um solo do tipo Cambissolo, foi instalado um experimento, em viveiro, na Unidade de Pesquisa do IAC em Ubatuba-SP tendo como indicador as plantas medicinais Mentha crispa e Cibopogon winterianus. Foram utilizadas diferentes diluições do resíduo de acordo com os seguintes tratamentos e com quatro repetições: T1(0,00 mg de Na e K/300 ml de água); T2 (7.200 mg de K e 13,62 mg de Na/300 ml de água); T3 (1.800 mg de K e 3,40 mg de Na/300 ml de água); T4 (450 mg de K e 0,851 mg de Na/300 ml de água); T5 (112,32 mg de K e 0,210 mg de Na/300 ml de água); T6 (28,08 mg de K e 0,053 mg de Na/300 ml de água). A avaliação da influência na capacidade de agregação do solo foi feita através da análise das porcentagens de argila dispersa em água (argila natural ou livre) e das porcentagens de argila dispersa com NaOH 1N (argila floculada), determinando-se a variação do grau de agregação do solo. O estudo da variação dos atributos químicos do solo foi feito com a determinação do pH, condutividade elétrica, teores de cálcio, potássio, magnésio, sódio, hidrogênio + alumínio, capacidade de troca catiônica, porcentagem de saturação de bases e os índices para avaliar a ocorrência de salinização: PST, RAS e CE. A análise estatística dos dados foi feita com a aplicação da análise de variância e teste Tukey de comparação de médias, em níveis de 5% e 1% de probabilidade, utilizando-se do programa SANEST. Através dessas análises observou diluição de 62,5 ml do resíduo/l de água/l de solo provocaram danos na capacidade de agregação do solo. O comportamento da condutividade elétrica, do pH, da PST e da RAS demonstrou que diluições acima de 250 ml de resíduo/l de água/l de solo, com concentrações acima de 1.800 mg de K e 3,40 mg de Na/300 ml de água podem provocar a salinização do solo. Portanto, para a utilização desse resíduo, como fonte de potássio para as plantas, devem ser feitas diluições para que a concentração desse nutriente fique abaixo desse valor.Downloads
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Ciências da Natureza