Freqüência de anticorpos anti-Toxocara sp. e caracterização socioambiental

Autores

  • Francine Alves da Silva Coelho Instituto Básico de Biociências da Universidade de Taubaté
  • Ana Júlia Urias dos Santos Araújo Instituto Básico de Biociências da Universidade de Taubaté
  • Hermínia Yohko Kanamura Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade de Taubaté
  • Guita Rubinsk Elefant Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
  • Matheus Diniz Golçalves Coêlho Faculdade de Pindamonhangaba

Resumo

A contaminação do solo por ovos e larvas de helmintos, a partir de fezes humanas e animais, aliada a condições sanitárias precárias, tem se tornado fato importante para a aquisição de parasitoses, principalmente na zona rural. Toxocara canis e Toxocara cati, nematóides da família Ascaridae, são espécies comumente relacionadas a infecções humanas, podendo causar a Síndrome da Larva Migrans Visceral e a Síndrome da Larva Migrans Ocular. No presente estudo foi utilizado o método imunoenzimático ELISA para detectar anticorpos anti-Toxocara em 253 amostras de sangue de uma população rural do município de Pindamonhangaba, Estado de São Paulo, com o objetivo de relacionar os fatores socioambientais e a freqüência de anticorpos anti-Toxocara nessa população. A freqüência encontrada para anticorpos contra antígenos de T. canis, foi de 26%, sendo os indivíduos de 6 a 10 anos os mais acometidos. Com relação aos fatores socioambientais, foram analisadas algumas características das famílias, como presença de cães e gatos na residência, cuidados com a água de beber, presença e localização do banheiro, tipo de piso da casa, condições sanitárias e renda familiar. Os dados obtidos neste estudo fornecem fortes indicações quanto ao risco de exposição a infecções pelo Toxocara canis na população estudada, sugerindo a necessidade da adoção de medidas profiláticas como tratamento dos animais e melhoria das condições sociais e sanitárias.

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Ciências da Saúde