Abordagem clínica e epidemiológica da esquistossomose em Pindamonhangaba- SP

Authors

  • Paula Furtado Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté
  • Otavio Schmidt de Azevedo Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté
  • Rafael de Paiva Luciano Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté
  • Benedicto Ruivo Junior Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté
  • Vanessa Teixeira Barsalini Junior Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté
  • Gilson Fernandes Ruivo Departamento de Medicina-Universidade de Taubaté

Abstract

A esquistossomose mansônica (EM) é doença de notificação compulsória no estado de São Paulo e com agravos associados à saúde da população. A esquistossomose atinge principalmente países da Ásia, África e América do Sul. No Brasil, a maior prevalência da doença ocorre nos estados do nordeste e centro-leste do país. No Estado de São Paulo, há focos no litoral, zona do Vale do Ribeira e Vale do Paraíba.O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de EM em Pindamonhangaba-SP. Foi realizado um estudo retrospectivo, com a auditoria de 82 prontuários e fichas epidemiológicas com o diagnóstico de esquistossomose mansônica, que foram notificadas pela Secretaria da Saúde de São Paulo no município de Pindamonhangaba-SP, no período de 1997 a 2002. Dentre os prontuários de pacientes com diagnóstico de EM, 61% eram do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 50 anos (62,2%); 76,8% eram moradores de zona urbana e 97,6% moradores de domicílios com saneamento básico, 81,7% com contato atual com coleções hídricas, na maioria em momentos de lazer, independente da sua área de moradia. A forma clínica predominante de EM foi a intestinal (86,5%), sendo a maioria dos casos autóctone (63,4%). Observou-se redução do número dos casos de EM no período de estudo e o contato com coleções hídricas em momentos de lazer foi o fator gerador da infecção, tanto entre moradores de zona rural como urbana.

Issue

Section

Ciências da Saúde