Alterações sugestivas de infecção pelo HPV em exames colpocitológicos realizados na Serra da Mantiqueira, no Vale do Paraíba e no Litoral Norte Paulista
Autores/as
Débora Oliveira Bueno dos Santos
Moraes Moraes Amâncio
Mariella Vieira Pereira Leão
Resumen
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus DNA, transmitido principalmente através do contato sexual. Estima-se que cerca de 75% da população sexualmente ativa entre em contato com um ou mais tipos de HPV durante a vida. A grande maioria destas infecções é eliminada pelo sistema imune e não produz sintomas no hospedeiro, no entanto as infecções por papilomavírus considerados de alto risco oncogênico, como os tipos 16, 18, 31 e 33, representam atualmente o fator de risco mais importante na gênese do carcinoma de colo uterino. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar a frequência de alterações citológicas sugestivas de infecção pelo HPV e o perfil das mulheres portadoras destas alterações nas regiões da Serra da Mantiqueira, do Vale do Paraíba e Litoral Norte Paulista. Foram consultados os resultados de exames preventivos citológicos (Papanicolaou) de mulheres de diferentes municípios dessas regiões, do período de 2007 a 2008, cujas amostras foram recebidas por um laboratório de análises clínicas privado, localizado na cidade de Taubaté. De 62.041 exames realizados, 520 (0,8%) foram sugestivos de infecção pelo HPV. A faixa etária mais acometida foi a de 20 a 29 anos (46,5%), e a cidade com maior positividade foi Ilhabela (1,3%). Conclui-se que a frequência de mulheres com alterações sugestivas de infecção pelo HPV nas regiões da Serra da Mantiqueira, do Vale do Paraíba e Litoral Norte Paulista é menor que a encontrada em outros dados da literatura, no entanto, sendo o HPV um vírus potencialmente oncogênico, não se deve diminuir a preocupação, a investigação e a prevenção em relação a essa infecção.
Palavras chaves: HPV, epidemiologia, câncer de colo de útero