História Ambiental do Vale do Paraíba do Sul, Brasil
Palabras clave:
Geografia ambiental, dano ambiental, conservação do solo.Resumen
O objetivo desse trabalho é apresentar uma revisão da história ambiental do Vale do Paraíba Paulista (VPP), destacando a preocupação com o uso do solo e a conservação dos recursos naturais. A ocupação do território alterou a paisagem regional e a dinâmica ambiental. As agressões ao meio ambiente interferiram na atividade humana. O desmatamento nas montanhas para o cultivo do café, pastagens e o eucalipto modificou o movimento da água no solo, reduziu a taxa de infiltração e elevou o escoamento superficial. A forte erosão retirou horizontes do solo e assoreou os corpos d’água. No corredor urbano-industrial, a expansão das cidades degrada áreas inundáveis e matas ciliares com aterros irregulares. O excesso de poluentes na atmosfera interfere na saúde da população e demanda rigor no monitoramento e fiscalização. A expansão da mineração de areia em várzeas compromete a oferta de água subterrânea, contamina aquíferos por poluentes urbanos e agrícolas colocando em risco a estabilidade geoambiental. No interior turístico, devem ser evitados os parcelamentos irregulares, a impermeabilização do solo e a presença de estábulos em zonas ciliares, de afloramento e recarga, pois, degradam os recursos hídricos com efluentes, causam doenças diarréicas na população que consome a água sem tratamento. Sistemas conservacionistas de manejo do solo específicos a cada região devem ser adaptados às condições dos produtores rurais. Em relevo montanhoso, os sistemas agroflorestais (SAFs) e os reflorestamentos mistos com espécies nativas para madeira de lei são alternativas promissoras, pois, agrega valor a terra, protege o solo da erosão conservando os mananciais e incrementando o que resta de Mata Atlântica reabilitando funções ecológicas. A integração do eucalipto à pecuária (silvopastoril) em pastejo rotacionado e sistema ‘lavoura-pecuária-silvicultura’ (iLPS) é uma necessidade para reduzir o impacto da monocultura. Conforme a aptidão do solo e a legislação em vigor, atividades econômicas devem ser restritas em zonas de proteção ambiental. A promoção de outras atividades, tais como apicultura e a extração de produtos agroflorestais reduzem o impacto socioambiental do eucalipto, com melhoraria dos indicadores socioeconômicos. Um plano de manejo integrado e sustentável deve ser elaborado com a participação popular, adequando a ocupação do solo nos diferentes compartimentos da bacia hidrográfica, evitando atividades predatórias e danos socioambientais.Descargas
Publicado
2014-06-22
Número
Sección
Artigo de revisão