Associação entre a exposição materna a poluentes do ar e parto prematuro em Ribeirão Preto-SP
Palabras clave:
Poluentes do ar, parto prematuro, Regressão Logística, Material particulado, poluição do arResumen
O objetivo deste estudo foi estimar a associação entre exposição materna a poluentes do ar e partos prematuros. Trata-se de estudo ecológico de séries temporais com dados relativos aos recém-nascidos de mães residentes em Ribeirão Preto- SP entre 2009 e 2010, cujas idades maternas eram entre 18 e 34 anos, parto vaginal e gestação única. As informações sobre os recém-nascidos foram obtidas do SINASC e os valores médios dos poluentes PM10, O3, NO e NO2 foram obtidos da CETESB. A análise estatística utilizou regressão logística, que permite o cálculo da chance de nascimento prematuro. Parto prematuro foi considerado como risco e os poluentes atmosféricos foram analisados de forma contínua, em modelo unipoluente e em modelo multipoluente. Foram consideradas defasagens de zero a sete dias entre a exposição materna e o parto. Os valores das OR e respectivos IC de 95% foram apresentados em tabela. Utilizou-se do programa SPSS e o nível de significância de 5%. Foram 16011 nascimentos sendo 1638 prematuros (10,2%); foram incluídos no estudo 406 prematuros (24,8% dos partos prematuros) que preencheram aos critérios de inclusão, variando entre 0 e 4 partos por dia. Os poluentes analisados isoladamente não apresentaram significância estatística. No modelo multipoluente apenas o PM10 se mostrou significante em análise ajustada no lag 7 (OR = 1,012).
Este estudo mostra o efeito agudo da exposição materna ao PM10 sete dias antes do parto como fator de risco para o parto prematuro, em uma cidade de porte médio.