Anatomia de plântulas de Foeniculum vulgare Mill. (Apiaceae) submetidas ao uso de inseticida

Autores

  • Camila Firmino de Azevedo Universidade Federal da Paraíba
  • Riselane de Lucena Alcântara Bruno Universidade Federal da Paraíba
  • Zelma Glebya Maciel Quirino Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

cutícula, erva-doce, estômatos, germinação.

Resumo

Foeniculum vulgare Mill. (Apiaceae) é conhecida como erva-doce e apresenta grande importância medicinal e comercial, tanto no Brasil como em vários outros países. Ela representa uma importante fonte de renda para pequenos agricultores, que muitas vezes, usam produtos químicos com o intuito de melhorar a qualidade e a produtividade, mesmo sem conhecer os efeitos sobre as sementes e as futuras plântulas. Dessa forma, objetivou-se com esta pesquisa, estudar a morfoanatomia de plântulas de F. vulgare. oriundas de sementes produzidas com aplicação do inseticida monocrotofós. Foram transplantadas mudas de erva-doce em quatro repetições de 10 indivíduos e, a partir da terceira semana, foram feitas aplicações semanais do inseticida monocrotofós em metade dos indivíduos, por dois meses. De cada tratamento, as sementes coletadas foram semeadas em areia e mantidas em casa de vegetação por 25 dias. Partes das plântulas (raiz, zona de transição, caule, cotilédones e primeiras folhas) foram selecionadas para análises morfológicas, realizadas com paquímetro digital e régua graduada em centímetros; e anatômicas, com secções histológicas, coloração e montagem em lâminas semi-permanentes. Foram avaliadas as seguintes características: comprimento dos órgãos, diâmetro do caule e raiz, espessura do limbo cotiledonar e foliar, espessura da epiderme e da cutícula, número de estômatos, diâmetros polar e equatorial dos estômatos, e número de cloroplastos. Os dados foram analisados em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos (com e sem inseticida) e quatro repetições; sendo realizado teste de Tukey (5%). A raiz e os cotilédones das plântulas de erva-doce apresentaram maior comprimento com o inseticida, que também aumentou as espessuras da epiderme e da cutícula foliares, bem como o número de estômatos e de cloroplastos na maioria dos órgãos. De forma geral, o inseticida aumentou as estruturas analisadas das plântulas de erva-doce, mas é necessário avaliar como os produtos químicos influenciam a fisiologia da planta com o decorrer de seu desenvolvimento.

Biografia do Autor

Camila Firmino de Azevedo, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Agroecologia e Agropecuária / Centro de Ciências Agrárias e Ambientais

Riselane de Lucena Alcântara Bruno, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Fitotecnia / Centro de Ciências Agrárias

Zelma Glebya Maciel Quirino, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Engenharia e Meio Ambiente / Centro de Ciências Aplicadas e Educação

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Publicado

2014-05-05

Edição

Seção

Ciências da Natureza