Flora de uma área de dunas antropizadas na praia de Araçagi, Maranhão

Autores

  • Gabriela dos Santos Amorim Universidade Federal do Maranhão
  • Ingrid Fabiana Fonseca Amorim Universidade Federal do Maranhão
  • Eduardo Bezerra de Almeida Jr. Universidade Federal do Maranhão

Palavras-chave:

ecossistema litorâneo, Nordeste, riqueza

Resumo

A formação das dunas está diretamente associada a fatores estruturais e antrópicos, sendo necessários estudos que analisem o nível de perturbação que contribui com a degradação desse ecossistema. O presente estudo objetivou descrever a composição florística das dunas da praia do Araçagi, fornecendo dados sobre a riqueza da vegetação e sobre o espectro biológico. O levantamento florístico foi realizado entre os períodos de maio de 2013 a agosto de 2015, seguindo as trilhas existentes na área além de caminhadas aleatórias realizadas mensalmente, sendo coletados apenas indivíduos fanerogâmicos em estádio reprodutivo. As espécies foram listadas de acordo com o APG III e identificadas com o auxílio de literatura especializada. Foram listadas 118 espécies, pertencentes a 97 gêneros e 46 famílias. Considerando as formas de vida foram registradas oito categorias, as mais representativas foram os terófitos (44 spp), seguido dos caméfitos (28 spp), nanofanerófitos (21 spp), hemicriptófitos (9 spp) e trepadeiras (7 spp). Dentre os 118 táxons listados, 31% apresentam distribuição em três biomas brasileiros ou menos; 32% ocorrem em quatros biomas; 17% contemplam cinco biomas e apenas 20% apresenta distribuição em todos os biomas. A partir deste estudo pode-se perceber que as dunas da praia do Araçagi encontram-se antropizadas, devido à diminuição de espécies comuns às áreas de dunas e a grande ocorrência de espécies ruderais, que podem interferir no comportamento dos polinizadores e dispersores, importantes para o desenvolvimento das espécies vegetais desse ecossistema.

Biografia do Autor

Gabriela dos Santos Amorim, Universidade Federal do Maranhão

Departamento de Biologia, Laboratório de Estudos Botânicos

Ingrid Fabiana Fonseca Amorim, Universidade Federal do Maranhão

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação

Eduardo Bezerra de Almeida Jr., Universidade Federal do Maranhão

Departamento de Biologia

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Publicado

2016-12-21

Edição

Seção

Ciências da Natureza